27.8.12

Tudo é questão de bom senso

Chega um momento que estamos de saco cheio de tudo. Trata-se de um momento a qual todos nós passamos - vou tentar lidar com isso como uma fase transitória para as partes boas que virão - mas, mesmo assim, essa lacuna que fica presa aos nossos neurônios e impossibilita-nos de realizar tarefas de forma agradável é pertinente e ao olhar os outros que me cercam, percebo que aqueles que me têm como amigo, não valorizam-me e enquanto isso os que não me conhecem ainda, questionam-me pelos meus equívocos de escolher as pessoas erradas. Tá certo que ninguém é dono da verdade, porém, todos acontecimentos ocorrem por forças maiores. Quero deixar clara a seguinte mensagem: "Dê valor às suas amizades e, principalmente, lute quando encontrar AQUELA amizade verdadeira que esta seja para todo e sempre.

25.8.12

Sabe-se lá que dia?

É num momento de dúvida que mais precisamos de ajuda e alguém que nos dê AQUELE conselho bacana. Porém, nunca encontramos a pessoa com a qual conversamos, temos intimidade, compartilhamos segredos. Parece que ela some em todos momentos necessários. É legal ter dúvidas, isso é sinal de que somos seres pensantes e, mais, que alguém nos coloca dúvidas em nossas cabeças. Já me cansei de algumas pessoas que vivem deixando-nos de lado e dão valores aos que não levam-na a lugar algum.
Nesta etapa, pretendo compartilhar de uma metafórica passagem de minha conduta humana ainda não realizada mas que possivelmente quero realizá-la. O mais interessante é que ser objetivo é difícil, tomar atitudes inesperadas poderá causar espanto e por isso, estou cauteloso às minhas ações.
Aos meus acompanhantes das redes sociais, fica complicado de falar mais do que já comentei, contudo, a única coisa que espero transformar é dar mais atitude aos que ficam presos às condutas que passei. Não gosto de ver indecisões, prefiro planejamento de ações e execução! Esta história de dar tempo ao tempo já ficou para trás.
Nosso mundin já está muito moderno para os seres pensantes e falantes exporem seus ideais e botarem seus sentimentos na cara e na coragem dos seus desejados. Se não der certo, partimos para outra.

Penso o seguinte: já que a chama não apaga de uma vez... será um fato acabar um amor e não esquecê-lo !

17.7.12

Como faço decisões?


É uma situação estranha a qualquer um. Percebo que no momento em que nossas ações estão divididas e nunca encontramos o que queremos e precisamos tomar decisões corretas tudo torna-se complexo e deixa-nos sem sono e apenas temos vontade de que tudo isso termine bem.
O mais interessante é que quanto mais lemos ciências, acabamos racionalistas até de mais. E quando solicitados, deixamos nosso emocional transpor sob aqueles que nos pedem às vezes conselhos para realizar algo. O mais engraçado foi que descobri informações de uma pessoa que sempre me pedia conselhos e depois descobri sua outra metade de defeitos. Pedir conselhos a alguém pode parecer simples, porém estes segredos precisam de objetividade e clareza nos fatos, caso contrário, acarretará em falsas atitudes comprometedoras até aos subjacentes daquela situação.
Voltemos ao ponto de partida, quando falava de tomada de decisões. Hoje, estava assistindo a um filme que tratava da queda do Muro de Berlim e logo em seguida, comecei a ler um livro de Monteiro Lobato que trata da questão do petróleo no Brasil. Parece estranho a relação de ambos assuntos, contudo, tiveram de tomar decisões acertadas para alcançar seus objetivos. Enquanto no primeiro caso a mulher do escritor do artigo publicado teve sua vida como recompensa do dano causado; os personagens do sítio tiveram de decidir onde perfurar o poço de petróleo (ainda não terminei de ler o livro).
Tomar decisões não é nada fácil mesmo. Estou transitando num momento em que meu raciocínio está tomado por departamentos sendo que em cada um deles há uma pergunta a ser respondida e esta deve estar relacionada a vários fatores. Que decisão tomar quando se tem uma amizade a qual você poucos encontros teve e estes marcaram intensamente e ainda continuam sendo escrito histórias por laços distantes apesar de alguns destes momentos atingirem drasticamente a integridade alheia.
Meu Deus, acabei de descobrir o que irão me pedir! Estou começando a acreditar que a novela das 9 está em minha vida! O quebra-cabeça está claramente sendo montado. 

23.1.12

CURRUPACO, PACO E TAL, QUERO IR PRA PORTUGAL!

Era um papagaio que morava numa floresta brasileira. O nome dele era Prequeté. Prequeté falava, falava sem parar:
- Currupaco, paco e tal, quero ir pra Portugal!
Prequeté berrava tão alto, que a estrela abriu a janela do céu e bocejou, ainda sonolenta, pois não tinha chegado a hora de a estrela acordar:
- Prequeté, Portugal fica daquele lado de lá… e chega de gritaria! Ainda é dia… e eu dormia!
Prequeté prestou atenção para onde apontava a estrela, bateu asas e voou. Queria porque queria chegar a Portugal.
Prequeté, voando, passou por uma nuvem-ovelha que tecia um gorro com lã de neblina.
- Dona Nuvem-Ovelha, me empresta este gorro, que vou pra Portugal e lá faz frio, currupaco, paco e tal, que eu vou pra Portugal!
Foi assim que Prequeté ganhou um gorro, que parecia um chapéu de marinheiro.
Prequeté passou por montanhas altas, chuva e sol. Até que chegou na beira da onda da praia, exclamando, depois de experimentar o gosto da água:
- Mas que gostinho de sal! Será que esta água me leva pra Portugal?
Gaivota Maricota, que voava por ali, explicou:
- Prequeté, esta água é de mar. Portugal fica longe, depois de muita onda, peixe e horizonte. Você não vai agüentar ir voando, é demais para suas asas!
- E o que farei, Gaivota Maricota?
- O jeito é ir de barco. Prequeté, para ir a Portugal, é preciso navegar!
- Navegar é preciso! - exclamou Prequeté.
E Prequeté construiu um barco feito de um pedaço de coco, que estava ali, caído perto de um coqueiro. A vela do barco era uma folha de bananeira, ainda pequenina. Prequeté virou um marinheiro e dizia:
- Currupaco coisa e tal… quero ir pra Portugal!
Lá se foi o barquinho por ondas, ventos e tempestades. Viajou, viajou, até que chegou numa linha de barbante, chamada horizonte. Ali, as sereias estendiam os lençóis d’água ao sol. Eram sereias-lavadeiras que cantavam entre o céu e o mar.
- Currupaco coisa e tal, me digam belas sereias, onde fica Portugal?
Os cabelos das sereias apontaram para longe, muito além do horizonte. Prequeté seguiu no barquinho, navegando, navegando, até encontrar a Fada Lua, que tomava banho de mar, boiando, com uma touca na cabeça pra não molhar seu luar.
Fada Lua, currupaco, paco, paco, coisa e tal, será que a senhora sabe onde fica Portugal?
- Prequeté, você segue aquela corrente marítima, passa por aquela ilha, dobra a esquina da baleia. É por ali! - respondeu a Fada Lua, piscando estrelas.
Prequeté seguiu adiante, até chegar na baleia, que estava aflita porque queria vestir um vestido de cetim, muito apertado, e dizia:
- Engordei demais! O vestido não entra em mim… Virei uma baleia, creia! Foi de tanto comer docinhos portugueses! Ai, que perdição!
- E onde a senhora comeu docinhos portugueses? - perguntou Prequeté, com a barriga roncando de tanta fome.
- Foi em Portugal, capital Lisboa… ai, que comidinha boa! - falou a baleia, engordando mais trinta e sete quilos, só de reclamar.
E a baleia apontou, mostrando uma direção!
Prequeté remava com as asas, para chegar mais depressa.
Depois de três horas e vinte e dois minutos, Prequeté chegou, afinal, na boa terrinha de Portugal.
E o que foi que ele fez?
Comeu papos-de-anjo, toicinhos-do-céu, barrigas-de-freira (que nomes engraçados os dos doces portugueses!), e dançou o vira que vira, que torna a virar…
E vira que vira, e vira virou… no vira e virado o vira errou, errou o passo, tropeçou e caiu dentro de uma caravela, que estava no cais. Quem estava dentro dela?
Dentro dela estava um tal de Pedro Álvares Cabral, que saiu de Portugal.
E foi assim, creia em mim, que numa bela caravela, currupaco, paco e tal, Prequeté, o papagaio, navegando e reclamando…
Ora já se viu? Voltou de novo ao Brasil.
Diz a história e eu repito: foi em 22 de abril!

Sylvia Orthof